domingo, janeiro 28, 2007

Calem as Galinhas


Há gajas que "apresentam uma voz esganiçada capaz de irritar as membranas auriculares de qualquer cidadão que seja submetido ao seu convivio por mais de cinco minutos"*.
As chatas, as pragas, aquelas que apetece dizer:
CALA-TE!
Não há pachorra!!!
*Manuel Ribeiro in Notícias Magazine de 28 Janeiro 2007, ultima página.

domingo, janeiro 21, 2007

liberdade Vs solidão

É estranho sentir-me só numa sociedade, com tanta gente em meu redor. Dizem dos solitários que são livres, não têm que dar satisfações, não se tem compromisso, mas para que serve a liberdade quando não há mais ninguém?

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Estrada fora


Escuta o coração se é que queres ir para lá morar.
Se a solidão não te larga mesmo acompanhado
da pessoa que se encontra a teu lado,
então assenta os pés na terra e procura encontrar fora
o complemento para o interior, preenche-te,
completa-te com a metade doce que equilibra a tua acidez.
Deixa que uma morena dê cor á tua vida, a essa palidez,
não te agarres à hora em que o tempo não tem futuro,
Vais encontrar a eterna solidão,
Vais continuar a busca de uma companhia
que te envolva o coração.
As tradições são muitas vezes contradições,
O que parece real é muitas vezes aparente,
O que te prende senão a própria VIDA?
A tua é por ti guiada,
Como quem conduz um carro
Numa estrada em que não se conhece o fim,
Com cuidado, para não cair no abismo
que está mesmo ali ao lado,
Com as engrenagens do coração bem oleadas
Para não partir a correia da distribuição dos anos vindouros.
Se queres viver no sentido vivo da palavra
Pensa bem em que cruzamento vais virar,
Se esse primeiro parece promissor pela razão pensa bem,
Pensa também com o coração
Porque pode ser enganador.
Não desistas, longa é a estrada,
Não te espetes na primeira encruzilhada.
Muda a canção que precisa de ser mudada,
Muda a estação de rádio,
essa já é antiquada,
Muda a coragem mirrada,
Muda essa vida sufocada,
respira...
respira...
Só tu podes mudar
o teu direito de ser feliz,
Ama-te quem to diz!


T.

domingo, janeiro 14, 2007

"Se penso mais que um momento"

"Se penso mais que um momento
Na vida que eis a passar,
Sou para o meu pensamento
Um cadáver a esperar.

Dentro em breve (poucos anos
É quanto vive quem vive),
Eu, anseios e enganos,
Eu, quanto tive ou não tive,

Deixarei de ser visível
Na terra onde dá o Sol,(...)"

Fernando Pessoa

Dura verdade, cruel realidade,
e o pior de tudo é que não pode ser mudado,
sinto-me um cadáver á espera da sepultura,
se por muito tempo assim continuar
- a pairar como o simples ser vivo que sou -
espero que venha cedo o meu fado.