Aqui vão uma ideias com as quais concordo plenamente:
‘Para sempre’ é um dia depois do outro. “que seja eterno enquanto dure”. Admiro a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem.
Questione-se: o coração ainda acelera quando o outro se aproxima? O peito ainda dói de saudade? O desejo ainda grita, perturbando o silêncio da noite? Não chegou ao fim! Não acabou.
Em alguns casos, motivos de força maior impedem um amor de ser vivido (e daí a separação pode ser sinal de maturidade), mas na maioria das vezes o que afasta dois corações é muito mais intolerância, ilusões ou autodefesas tolas do que algo que realmente justifique o lamentável desfecho.
O amor é um dom que deve vir acompanhado de coragem, determinação e ética. Não basta desejarmos estar ao lado de alguém, precisamos merecer. Precisamos exercitar nossa honestidade e superar nossos instintos mais primitivos.
É num relacionamento íntimo e baseado num sentimento tão complexo quanto o amor que temos a oportunidade de averiguar nossa maturidade.
Sim, porque toda pessoa que ama corre o risco de perder a pessoa amada, de não ser correspondida, de ser traída, de ser enganada, enfim, de sofrer mais do que imagina que poderia suportar. Então, apenas os fortes escolhem amar!
A vida é feita de escolhas. Cada qual faz as suas próprias escolhas. E depois, arca com as inevitáveis consequências destas. “Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa”.
Porque muito mais difícil do que ficar ao lado de alguém para sempre é ficar por inteiro, é fazer com que seja absolutamente verdadeiro! E é exactamente isso que significa sermos responsáveis por aquilo que cativamos...
O que mais podemos desejar para a pessoa que amamos, senão que ela seja muito feliz?! Quanto mais investimos num relacionamento e quanto mais profundo ele fica, mais difícil se torna lidar com as diferenças, as imperfeições e as dores que surgem.
Precisamos ver além do visível, ouvir além das palavras, sentir além do toque. Precisamos ouvir a nós mesmos, uma voz que vem lá do fundo, mas que insistimos em encobri-la com nossos pensamentos e imaginações, que deturpam e distorcem a realidade... (Por Rosana Braga)