domingo, setembro 10, 2006

Não precisa ser para sempre, mas precisa ser até o fim!

Aqui vão uma ideias com as quais concordo plenamente:

‘Para sempre’ é um dia depois do outro. “que seja eterno enquanto dure”. Admiro a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem.
Questione-se: o coração ainda acelera quando o outro se aproxima? O peito ainda dói de saudade? O desejo ainda grita, perturbando o silêncio da noite? Não chegou ao fim! Não acabou.
Em alguns casos, motivos de força maior impedem um amor de ser vivido (e daí a separação pode ser sinal de maturidade), mas na maioria das vezes o que afasta dois corações é muito mais intolerância, ilusões ou autodefesas tolas do que algo que realmente justifique o lamentável desfecho.
O amor é um dom que deve vir acompanhado de coragem, determinação e ética. Não basta desejarmos estar ao lado de alguém, precisamos merecer. Precisamos exercitar nossa honestidade e superar nossos instintos mais primitivos.
É num relacionamento íntimo e baseado num sentimento tão complexo quanto o amor que temos a oportunidade de averiguar nossa maturidade.
Sim, porque toda pessoa que ama corre o risco de perder a pessoa amada, de não ser correspondida, de ser traída, de ser enganada, enfim, de sofrer mais do que imagina que poderia suportar. Então, apenas os fortes escolhem amar!
A vida é feita de escolhas. Cada qual faz as suas próprias escolhas. E depois, arca com as inevitáveis consequências destas. “Você se torna eternamente responsável por aquilo que cativa”.
Porque muito mais difícil do que ficar ao lado de alguém para sempre é ficar por inteiro, é fazer com que seja absolutamente verdadeiro! E é exactamente isso que significa sermos responsáveis por aquilo que cativamos...
O que mais podemos desejar para a pessoa que amamos, senão que ela seja muito feliz?! Quanto mais investimos num relacionamento e quanto mais profundo ele fica, mais difícil se torna lidar com as diferenças, as imperfeições e as dores que surgem.
Precisamos ver além do visível, ouvir além das palavras, sentir além do toque. Precisamos ouvir a nós mesmos, uma voz que vem lá do fundo, mas que insistimos em encobri-la com nossos pensamentos e imaginações, que deturpam e distorcem a realidade... (Por Rosana Braga)
Ouçam sempre o coração e deixem-se guiar por ele!

Manifesto: Utopia Vs Mundo Real

Este mundo está carregado de manhas e de manhosos, com a mania da esperteza, que pensam enganar tudo e todos mas que, no fim, são eles os que mais sofrem com o enganos, pois são quem mais se engana.
O meu sorriso também engana. Pode ser de verdadeira alegria, simpático, mas também pode ser sarcástico ou de uma infinita tristeza.
Posso ser ou fingir ser ou ainda ser simplesmente pseudo. Posso guardar o sentimento, fingir que o tenho ou que não o tenho. Posso mas não quero (ou será que não consigo?). É difícil viver num mundo de sentimentos, preferia ser um robot ou viver numa utopia criada por mim.
Transcender o real, olhar o nosso mundo como o irreal e o meu como o lugar onde posso ser feliz, o lugar construído pela vontade e desejo, segundo ambições e prioridades. Um mundo feito por mim, consoante, os meus critérios de felicidade, amor, alegria, mas atmbém um mundo de todos porque todos os que de mim gostassem podiam lá entrar e ficar a morar no meu coração.
Mas vamos sonhar um bocado, vamos criar um mundo cor-de-rosa, uma realidade pretendida. Aqui, neste mundo floreado, os ilusionistas não têm entrada. Os falsos, manhosos, hipócritas, os que não são capazes de serem leais e fiéis também não!
Aqui só quero:
aqueles que saibam ouvir e comunicar também;
aqueles que confiem em mim e em quem eu confie;
os que sabem amar sem pedir nada em troca e os que se deixem amar também;
os que nunca traiam a minha confiança porque também eu não os trairia;
os que saibam participar da vida sem cometer injustiças deliberadas;
os que anseiam por amigos verdadeiros e os que vivem para encontrar a cara metade;
os que vivem de e para o amor.
São bem vindos:
os apaixonadamente apaixonados;
os que não têm medo de mostrar os sentimentos;
os que têm coragem para dizer bem alto: «Amo-te!»;
os que saibam amar o outro com todas as suas virtudes e defeitos (isso é amor);
os que sejam compreensivos não só com o coração mas também com a cabeça;
os que se apercebam qual é o limite do outro e o respeitem;
os que saibam parar a tempo de evitar desgraçasL;
os que tenham sentido de responsabilidade e também de humor - porque rir refresca a alma e descomprime.
Os egoístas insensíveis podem ficar no mundo deles, sozinhos, porque assim é que se sentem bem!
Esses que pensam que os outros são obrigados a fazerem tudo por eles mas não fazem um sacrifício quando é preciso, que esperam tudo mas não dão nada, que julgam que o mundo gira em torno deles e não vêem mais nada nem ninguém, a esses não os entendo nem os quero no meu mundo.
Aos egoístas;
aos desleais e infiéis;
aos insensívesi;
aos blocos de gelo que não derretem;
aos puramente racionais;
aos estupidamente orgulhosos;
aos teimosos como uma porta via-vem ou uma cadeira de baloiço (que se mexe mas tem sempre que voltar à sua posição inicial);
aos que não sabem pedir desculpa quando erram;
aos que não têm palavra a aos que a sua palavra vale zero;
a estes fora com eles, Rua!
Seria assim o meu mundo. Mas a realidade é outra, temos que aprender a conviver com tudo e todos, temos que ser nós e só nós a solucionar os problemas, muitas vezes com um esforço sobrehumano, um esforço que tenha força suficiente para nos manter vivos por muito tempo. É que, por vezes, o unico sentido da vida é a morte!

Erros crassos

Se não aprendermos com os nossos erros não crescemos, não avançamos, não somos felizes. Os erros foram cometidos em vão, foram inúteis. Quando não conseguimos conhecer-nos, aprender com os erros e avançarmos, enveredamos pela via mais fácil, encontramos bodes espiatórios para o nosso mal estar. É que por vezes dói olharmos para dentro de nós próprios, admitirmos que algo não está bem na nossa vida, é uma dura tarefa e para não o fazermos arranjamos escapatórias - culpamos os outros, odiamos certas pessoas, aderimos a um qualquer desporto ou religião, a um qualquer passa-tempo, dedicamo-nos ao trabalho o máximo de tempo possivel, arranjamos desculpas vãs para evitarmos a pessoa que quer estar connosco - para fugir da situação em vez de enfrentar. Temos que saber falar com a nossa consciência, assumir os erros e culpas, enfrentar os problemas e resolvê-los em vez de os contornar, porque não desaparecem, acomulam-se até á explosão.

Brilho

É incrível como quando estamos sós parece que somos invisíveis, ninguém se interessa por nós, como se fossemos uma única flor num enorme campo verdejante e ninguém reparasse nela. Mas quando nos interessamos por alguém, quando nos apaixonamos e andamos com aquele sorriso colado na face e aqueles olhos sonhadores, tornamo-nos imanes que atraem muitas pessoas. Parece que o nosso corpo e a nossa alma brilham de dia e de noite. O sol em vez de apagar essa furfurescência alimenta-a e fá-la brilhar ainda mais, o mundo é visto sob outro ponto de vista, parece mais bonito, as sensações acordam todas de repente e vemos o que nunca haviamos reparado, ouvimos sons únicos, cheiramos odores raros que ficam gravados na parte da memória que nos faz lembrar as coisas boas, saboreamos tudo com um paladar muito maior. Tudo fica mais activo, o coração acelera e a vontade de viver multiplica-se. Atraímos olhares e corações que já não cabem no nosso porque já está ocupado e o nosso olhar pertence a alguém.
Quando amamos abrimos as janelas do nosso coração, corpo e alma e todos querem entrar. Quando amamos seguimos sem medo por qualquer caminho, sem estarmos receosos de pisar em falso e cairmos num abismo, sem repararmos em sinais proibidos, seguimos apenas o nosso amor. Ficamos iluminados.

solidão

A solidão, que parece ser um privilégio, porque não tem quem se dar satisfações a ninguém, sabe bem até certo ponto, depois começa a pesar. As relações fugidias começam a cansar, são baseadas em sexo, sem sentimento, sem objectivos. A liberdade tão saborosa começa a transformar-se em tristeza, solidão e nostalgia. Os sentimentos congelados no interior avisam do seu limite de prazo. Vamo-nos distraindo com o trabalho, os passa-tempos, os livros, a internet, as saídas, as festas, os amigos, é tudo muito bonito mas não compensa, não substituí sentimentos, paixão, amor! É o nada e do nada nada nasce!